Era uma vez a semana da leitura.
Foi uma grande viagem. Para
começar, Fernando Pessoa ensinou-nos o que são os heterónimos. Experimentamos
trocar de papéis com os nossos amigos, assumimos personagens do imaginário
infantil e até lhes emprestamos os nossos nomes. Foi muito engraçado.
Seguimos a nossa viagem e
encontramos alguns animais e pessoas divertidas pelo caminho: uma tartaruga, um
ratinho, um peixe, um pato, um índio, um rei, um velhote, um urso, o Tito, e
uma centopeia. E assim fizemos “Dez Amigos” (Inés Rosales e Elena Odriozola),
que nos ensinaram a contar até 10 em Língua Gestual Portuguesa.
Também encontramos “O Coelhinho
Branco” (António Torrado) muito triste porque a Cabra Cabrez lhe invadiu a
casa. Felizmente a Formiga Rabiga conseguiu resolver aquela grande trapalhada!
Ao lado do coelhinho morava uma
bruxa “Numa Casa Muito Estranha” (António Mota), toda feita de chocolate e onde
tudo era um grande disparate! A bruxa fazia coisas tão estranhas como guardar
as meias na frigideira e as panelas na banheira.
Mais adiante ficava a casa d’ “A
Velha e a Bicharada” (lengalenga de tradição oral), uma velha muito só que
guardava os animais debaixo da cama. Eles miavam, ladravam, cantavam… e a velha
continuava só.
Ainda tivemos tempo de aprender e
reinventar o “Abecedário sem Juízo” (Luísa Ducla Soares). Andamos com a Ana a
cavalo numa cana e fomos ao mar com o Zé, onde ele perdeu o pé.
Mas que grande aventura! E até fomos
convidados para assistir ao “Casamento da Franga” (lengalenga de tradição oral)
que acabou num grande bailarico.
Antes de irmos embora fomos à
feira buscar umas recordações. Mas veio uma aranha que nos fez muitas cócegas:
na mão, no pé, na barriga…! (“A Aranha e Eu”, lengalenga de tradição oral).
Voltamos para casa de coração
cheio e com a certeza de que esta viagem valeu a pena! E nunca nos vamos
esquecer da palavra mágica que os piratas nos ensinaram: “Os piratas pedem «por
favor» ” (Timothy Knapman).
Vitória, vitória, acabou-se a estória.